domingo, 28 de agosto de 2016

Maior grupo LGBT do Facebook sofre ataque de hackers homofóbicos


Maior grupo LGBT do Facebook sofre ataque de hackers homofóbicos

Hackers roubam grupo pró-LGBT e postam mensagens de incentivo à violência contra gays e lésbicas.

O maior grupo de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros do Facebook, o #LGBT Brasil, sofreu um ataque de um grupo de hackers na última quinta-feira, 25 de agosto. O grupo tem cerca de 87 mil membros e tinha como foco debater e divulgar temas relacionados ao universo LGBT. Os hackers conseguiram "roubar" a administração do grupo e expulsar seus administradores reais. Em seguida, mudaram a descrição da página, revelando que ela foi mesmo roubada. Por fim, alteraram o grupo para a privacidade "secreta", ou seja, ninguém mais poderá encontrar a comunidade no Facebook, apenas as pessoas que já faziam parte do grupo. A ação impossibilita que os usuários do Facebook denunciem o roubo.

Já na noite deste sábado, 27, os vândalos começaram a atacar os próprios membros do grupo. Os hackers alteraram o nome da comunidade para "Héteros Wall" e publicaram várias mensagens ofensivas a gays e lésbicas. Uma das mensagens, inclusive, pede que pais heterossexuais espanquem seus filhos gays.

Um dos administradores reais da página, Everton Oliveira, pede a ajuda da comunidade LGBT para tentar reverter o quadro. "Os membros que foram lesados com o roubo do grupo e aqueles que poderão vir a ser lesados no futuro precisam se unir e exigir do Ministério Público Federal uma atitude em relação a esses vândalos", diz. Os criadores do grupo também emitiram o seguinte comunicado oficial:

"Em 25 de agosto de 2016, o maior grupo social de militância LGBT do facebook, o LGBT Brasil, com quase 87 mil membros foi roubado (hackeado) por guerrilheiros virtuais denominados Dark Throne, com inspiração internacional. Eles são uma ameaça a todos os usuários do Facebook, sejam individuais ou coletivos, seja a imprensa livre, grande ou pequena, órgãos oficias ou não, instituições em geral que usam a rede social Facebook para informar, discutir, interagir com a população em geral. Nós, os moderadores e administradores do grupo LGBT Brasil, estamos comunicando e denunciando esse fato ao país e fazendo um apelo às autoridades, mormente ao Ministério Publico Federal, para encontrar os criminosos, indiciá-los e puni-los a fim de barrar essas ações que violam os preceitos democráticos da livre expressão, direito fundamental. Solicitamos também o apoio da população no sentido de exigir que o Estado tome providências urgentes, levando essa exigência ao MPF e à grande imprensa. Por uma internet livre da guerrilha virtual".

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Foto de garoto homossexual chorando emociona o mundo

Um garoto com os olhos lacrimejantes, sentado nos degraus de uma escada e ar de preocupação promoveu uma onda de emoção pelo mundo. A legenda explica a situação: “Eu sou homossexual e estou com medo sobre o que será do meu futuro e de que as pessoas não vão gostar de mim”.
Publicada no Facebook na última sexta-feira pelo projeto “Humans of New York”, a foto já teve mais de 615 mil curtidas e mais de 68 mil comentários de apoio, incluindo de personalidades como a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton.
“Previsão de uma adulta: seu futuro será fantástico. Você irá se surpreender com o que é capaz e com as coisas incríveis que você fará. Encontre as pessoas que amam e acreditam em você — elas serão muitas”, escreveu Hillary.
A identidade do garoto preocupado com o seu futuro não foi divulgada. Entre as mensagens de apoio enviadas, muitos contaram suas experiências pessoais.
“Quando eu estava crescendo, ser gay era a única forma que eu me definia. Eu não era gentil, inteligente ou engraçado. Era apenas gay”, escreveu Jose Daniel Castillo. “Agora que estou crescido, eu entendi que sou muito mais que apenas homossexual. E aprender a me ver como gentil, inteligente e, ocasionalmente, engraçado, que também é gay, teve um efeito incrível sobre mim.
“Eu também sou homossexual. Meu futuro é brilhante e eu sou amado. Mais importante, eu me amo e não mudaria nada em mim. O mesmo pode e irá acontecer com você”, declarou Ben Gamache.
O “Humans of New York” é um projeto de Brandon Stanton que funciona como uma espécie de censo fotográfico da cidade de New York, onde ele registra os cidadãos locais, traçando perfis deles por meio de citações destes personagens. O blog onde iniciou o projeto deu origem a um livro – a conta do Facebook tem mais de 13 milhões de seguidores.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Cuidado pra não se queimar !!! : 'Ele não é gay, ponho minha mão no fogo ', diz Daniel sobre Renan

Após resistir a investidas das sisters Munik e Juliana, Renan passou a ser taxado de gay para muitos espectadores. Essa, no entanto, não é a opinião de Daniel, recém-saído do programa. "Do fundo do meu coração, acho que ele não é gay, não", disse ao Ego.
"Renan é um moleque que tem um coração enorme. Sei que é um cara do bem. A gente conversou muito sobre família e até sobre a namorada dele. Não acredito, não. Pelo pouco que conheço, colocaria minha mão no fogo por ele. Essa polêmica não existe”, finalizou.

Brasil: o que mais procura pornô trans e o que mais mata transexuais

Pesquisa divulgada pelo RedTube, um dos principais sites de vídeos pornográficos do mundo, revela que o Brasil está na segunda colocação no ranking mundial em número de usuários do portal, atrás apenas dos Estados Unidos. As mulheres brasileiras são 33% da audiência, índice 8% superior à média global.
O estudo, divulgado pelo Brasil Post, revela também que os termos mais procurados pelos homens brasileiros na plataforma são: sexo entre lésbicas, sexo anal, teen, maduras e transexuais. A busca por vídeos com transexuais por aqui, aliás, são 89% maiores do que a média mundial. Interesse que contrasta com a liderança do Brasil no ranking dos países que mais matam travestis e transexuais no mundo - segundo a ONG Transgender Europe, foram 604 mortes entre janeiro de 2008 e março de 2014.

Transgênero perde título por não ser 'tão transgênero' assim


Em setembro do ano passado, Jai Dara foi coroada | Reprodução/Twitter(Jai dará Latto)
Uma escocesa que havia vencido o Miss Transgender UK (Miss Transgênero Reino Unido) perdeu a coroa por "não ser tão transgênero". Jai Dará Latto, de Walkerburn (Escócia), venceu o título em setembro do ano passado, em Londres (Inglaterra).
Mas agora, Rachael Bailey, que detém os direitos sobre o Miss Transgender UK, decidiu retirar a vitória de Jai e dar à segunda colocada na competição de beleza, Daisy Bell. Rachael tomou a medida após ver um vídeo que mostra que Jai não vive todo o tempo como mulher.
A ex-dona da coroa garante ser transgênero e que já começou terapia com hormônio.
No vídeo que culminou com a destituição de Jai, ela aparece usando camisa e short considerados masculinos em uma academia de ginástica.
"Quando Jai entrou na competição, ela disse que era mulher todo o tempo e não é. Ela é uma drag queen", comentou Rachael de acordo com o "Mirror".

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Travestis e transexuais podem participar do Rio 2016 como voluntárias

A carioca Esther Morgannah está animada com a possibilidade de ser escolhida como uma das 12 mil pessoas que atuarão como voluntárias nas cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e Paralimpíada Rio 2016.
Esther Morgannah espera ansiosa pela seleção para participar como voluntária da abertura e do encerramento da Olimpíada e da Paralimpíada 2016. Ex-aluna do Projeto Damas, de capacitação de travestis e transexuais do Rio de Janeiro, ela espera ansiosa pela seleção que fará no próximo sábado (27). “Nós vamos apresentar o nosso trabalho e mostrar que nós existimos como transexuais e que estamos participando das cerimônias como mulheres trans para sermos aceitas, independentemente da nossa condição.”
Assim como ela, todas as 30 alunas da última turma do curso de capacitação se inscreveram para participar das audições propostas pelo Comitê Organizador dos Jogos.
Esther acredita que esse tipo de oportunidade pode dar mais visibilidade às transexuais e ajudar a acabar com o preconceito. “As travestis e transexuais podem trabalhar, estudar, ter alguém, podem apresentar shows e dar o melhor de si”, afirma. Ela faz trabalhos freelancer como cabeleireira, mas pretende terminar a faculdade de direito e a licenciatura em geografia para poder lecionar.
Também aluna do projeto, Alessandra Lira define a oportunidade de participar como voluntária na Olimpíada deste ano como algo “muito especial, maravilhoso”. Ela aguarda o contato da organização dos Jogos para saber quando participará da seleção, mas diz estar confiante. “As pessoas da comissão que fizeram as nossas inscrições deram uma confiança tão grande para a gente. Estou confiante, sim, que vai dar tudo certo”.
Cabeleireira profissional, Alessandra tece elogios ao projeto de capacitação da prefeitura do Rio e destaca a importância das noções de empreendedorismo que recebeu durante o curso. Para o futuro, ela diz que pretende se inscrever como microempreendedora individual e abrir um salão de beleza no bairro de Pilares, na zona norte, onde mora. Ela quer também terminar o ensino supletivo no qual está matriculada.
Seleção
A primeira rodada de audições para seleção de voluntários para as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e Paralimpíada de 2016 foi feita em novembro do ano passado.
A ideia é escolher 12 mil voluntários para as quatro cerimônias que ocorrerão no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Não é preciso ter habilidade específica para se inscrever. A única exigência é que o candidato seja maior de 16 anos. Segundo a equipe de elenco das cerimônias, a ideia é mostrar a diversidade brasileira.
A pedido do Comitê Organizador dos Jogos, o coordenador do Projeto Damas, Carlos Alexandre Neves Lima, organizou um encontro com a última turma do curso, em janeiro passado. Durante a reunião, a comissão apresentou o planejamento e várias alunas fizeram inscrições para serem voluntárias. Lima disse que as alunas ficaram “bastante entusiasmadas” com a possibilidade de se apresentarem. “Foi além das expectativas. Teve fila para as inscrições”.
Projeto Damas
Mais do que capacitar travestis e transexuais para o mercado de trabalho, o Projeto Damas se destina a recuperar a autoestima e a ajudar na inserção social dessas pessoas. De acordo com o coordenador do projeto, elas costumam ser excluídas da sociedade muito cedo, a maioria ainda na época da escola, onde sofrem constante bullying.
“Essa inserção social é um mecanismo para aproximá-las da escola, de prepará-las, de alguma forma, para o mercado de trabalho para estarem aptas a concorrer com os demais cidadãos e terem os mesmos direitos”, afirmou Lima.
No curso, elas podem participar de oficinas de informática, educação, empreendedorismo, orientação vocacional, fonoaudiologia, prevenção e redução de danos à saúde, noções de direitos humanos, cidadania, entre outras.
Ainda segundo Lima, mais de 90% das alunas estão na prostituição e querem sair desse ambiente. “Elas são obrigadas a se prostituir porque ninguém dá trabalho”, disse.
Apesar de o projeto não garantir vagas no mercado de trabalho, Lima afirma que são criados meios para que elas tenham autoestima, condições de segurança e mecanismos de informação para poderem entrar no mercado.
O coordenador destaca que, de forma geral, as travestis e transexuais não contam com estrutura socioeconômica. “A família não acolhe, trabalho é difícil. Elas têm muita dificuldade de ter uma estabilidade, seja econômica ou social”.
Para ajudá-las a sair desse ciclo, o projeto criou um grupo fechado na internet no qual as ex-alunas mantém contato e são divulgadas oportunidades de emprego e estudo.
Cada turma reúne 30 alunas que frequentam seis meses de aulas teóricas e três meses de vivência profissional. Elas fazem estágio em órgãos municipais conveniados, onde há hierarquia e horário, e a maioria dos funcionários é heterossexual.
Desde que a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, ligada à prefeitura do Rio de Janeiro, foi criada, em 2011, já foram organizadas seis turmas do projeto. Para este ano, a expectativa é abrir mais uma turma. Com informações da Agência Brasil.

Rio-2016 pode ter participação recorde de atletas gays; saiba a razão

O universo esportivo, assim como outros tantos na sociedade, ainda é repleto de barreiras para profissionais gays poderem assumir a posição sexual. No caso do esporte, muitos não o fazem pelo receio de perder popularidade e, principalmente, patrocinadores. Porém, duas das maiores gigantes mundiais de material esportivo, a Nike e a Adidas, apoiadoras essenciais de milhares de atletas, têm promovido ações que reforçam o posicionamento de ambas em apoio ao segmento LGBT.
Na última quinta-feira (18), a Nike cancelou o contrato com o pugilista filipino Manny Pacquiao, logo depois de ele ter afirmado que os gays são "piores do que animais". Uma semana antes, lembra a colunista Mariliz Pereira Jorge, da Folha de S. Paulo, a Adidas anunciou que passará a incluir uma cláusula de contrato na qual garante que não romperá o acordo de trabalho com atletas que vierem a se assumir gays, bissexuais ou trans. No Valentin's Day, o Dia dos Namorados em muitos países do exterior, mais uma da Adidas: a empresa postou em suas redes sociais a imagem das pernas de duas pessoas, claramente mulheres, como se estivessem se beijando, com a legenda "O amor que você recebe é igual ao amor que você dá". Diante destas e outras manifestações, é possível que o número de atletas que se assumam gays na Rio-2016 seja maior do que em Olimpíadas anteriores.
Também de acordo com a colunista Mariliz Pereira Jorge, em Atenas (2004) foram 11 participantes LGBT; em Pequim (2008), dez; em Londres (2012), 23, o recorde. No Rio de Janeiro, no total, serão 10.500 esportistas.